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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Thousand Suns: a thousand feelings

Hi,
Faz um tempo que eu não apareço por aqui, maaaaas eu tenho um bom motivo. Esse motivo é conhecido como universidade, mais precisa, aulas e mais aulas, conteúdo diverso e denso para ser apreendido em apenas quatro meses, um estágio e meu cérebro virando torrada!!

Toda essa confusão só resulta em uma coisa: cansaço. Aí, quando surge no horizonte um fim de semana, eu, diferente de qualquer universitário comum, não vou para o bar ou para a balada. Meu fim de semana se resume a ficar em casa assistindo anime, ou o jogo do Timão (quando passa na tv) e às vezes estudando. “Por que você não estuda o fim de semana todo?” se pergunta o leitor, e eu respondo: “Vai tentar estudar lá em casa...”

Mas voltando ao blog, depois da encorajada que ganhei do amigo M, resolvi retomar essa bagaça. Durante esses três últimos meses tive algumas ideias de posts mas nenhuma vingou pois como foi supracitado, meu cérebro virou uma torrada.

Então, para voltar sem nenhuma pretensão, resolvi falar da droga altamente viciante que tenho consumido nos últimos meses, o CD “A Thousand Suns” do Linkin Park. Quem conhece a banda, acompanhou sua discografia e escutou este CD deve estar perplexo e até mesmo indignado. Calma, pagodeiro, eu explico.

LINKIN PARK - análise ao "A Thousand Suns" -

O que acontece é que, quando surgiu, no começo dos anos 2000, o Linkin Park tinha uma pegada nu metal, com a junção maravilhosa do rock com o hip-hop. O som era agressivo e as letras transbordavam emoções confusas (quase sempre sombrias) de garotos de 20 e poucos anos.

Porém ao longo da discografia eles foram se transformando lentamente em uma espécie de ativistas experimentadores. O som foi amadurecendo e ganhando peculiaridades. “Minutes to Midnight” já não se assemelhava em nada com “Hybrid Theory”, mas houve aqueles que acreditavam na “recuperação” do estilo LP. Doce engano. “A Thousand Suns” chegou como uma “bomba atômica” aos corações daqueles que sonhavam com aquele tempo mais-que-perfeito do início do século (ai que saudades!).

No entanto, minha reação como fã foi completamente contrária. Ao escutar o primeiro single, eu senti a forte diferença, mas aquela música tão desesperada e ao mesmo tempo entusiasmante não saiu da minha mente (God bless us everyone...). Isso foi na época do SWU e eu estava tão animada para ir, conhecê-los, ouvi-los e gritar “Numb”, que essa música só representava mais uma das bests do LP para mim. Entretanto, a grana (como sempre) não ajudou e eu não pude ir à Itu. Só então eu fui conhecer o “novo CD” do Linkin.

Escutei a primeira vez on-line, que emoção!! Tinha algo naquelas músicas que me deixavam entorpecida. Com meu inglês não muito bom (principalmente para entender rap), fui atrás das letras, nova emoção. Toda aquela revolta, melancolia, crítica e até mesmo culpa salpicadas de esperança, envolvidas em um som muito bem elaborado, maduro e contagiante me faziam sentir como se realmente estivesse sendo consumida pelos mil sóis da radiação nuclear.

Então baixei o álbum e o toquei incansavelmente enquanto preenchia planilhas de análise vertical e horizontal, até conhecer as letras de cor. Pra quem ainda não entendeu (na verdade esqueci de mencionar), “A Thousand Suns” faz referência à radiação de mil sóis gerada pela explosão nuclear, em uma citação das escrituras hindus. Os títulos das músicas também fazem essa referência “The Radiance”, “Burning in the Skies”.

Pra concluir eu gostaria que você que lendo aprecie o clipe da música “The Catalyst"


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