Páginas

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

This song saved my life (parte um)

  Sei que depois de publicar este post perderei o respeito de muita gente, mas preciso falar deles, afinal eles me salvaram. Se hoje escuto bandas como Iron Maiden e Slipknot é porque um dia eu conheci o rock, conheci essa música maravilhosa com minha BFF Polly que me apresentou o Simple Plan e abriu meu mundo (é, eu já fui bem mais limitada). Simple Plan?? Aquela bandinha emo do Canadá? É, sei que será inútil, mas para mim eles não são emos, são apenas uma banda de pop punk. Sei que a essa altura eu já perdi a consideração de metade dos meus leitores, no entanto “descubra” uma parte da minha vida e saiba por que o Simple é importante para mim.

  Fui criada numa família “interiorana”. Eu mesma nasci no interior (Rubim-MG), mas me mudei para cá aos quatro anos. Portanto quando eu era criança só escutava sertanejos (de verdade, de raiz) e clássicos da Jovem Guarda (meu pai é bem velho). Fui uma criança feliz (qualquer dia escrevo sobre minha infância) até meus 13 anos. Nessa época eu percebi que era diferente das outras garotas.
Uai, moço, mi é um trem bão dimais!

  Eu era nerd demais, incomodava as gostosas da minha classe por “brilhar” mais que elas com minhas notas e sofria um bullying infernal (me humilhavam, me xingavam). Além disso, eu não me dava bem com minhas amigas porque eu era “criança demais” para namorar (obs.: eu era a mais velha do meu grupo de amigas, mas como sempre a mais baixa). Elas não me deixavam ser eu mesma, eu queria falar de DBZ, elas queriam falar de garotos (outra obs.: eu tive uma puberdade tardia então eu estava pouco me lixando para os garotos). Isso tudo me sufocava, me maltratava. Eu tinha vontade de acabar com minha própria vida!!

O "raro" Dr. Slump nº 1
  Foi também nessa época que eu conheci a Polly, nos conhecemos enquanto liamos Dr. Slump esperando a aula de inglês XD . Ela estudava na mesma escola que eu, entretanto éramos de turmas diferentes. Porém nossa nerdice nos uniu, pois fazíamos aulas de inglês e espanhol nas mesmas turmas no sábado, entre as aulas ficávamos lendo mangás e revistas teens, e um dia eu puxei conversa. Pois veja que tínhamos tanto em comum que ela é minha melhor amiga até hoje! Foi aí que ela começou a falar de Simple Plan, e eu achei que era mais uma bandinha besta (eu tinha preconceito com rock, por causa da minha mãe, acha que rockeiro é tudo drogado), mas ainda assim resolvi escutar a tal banda que era sucesso naquele tempo (2005), a música “Welcome To My Life” estava tocando em todo lugar e a Polly me deu a letra (naquele período eu ainda estava aprendendo inglês) e eu fiquei espantada em como aquela música traduzia minha vida! Parecia que o Pierre estava narrando (com aquela vozinha ruim dele) as minhas tristezas de pré-adolescente! A partir daí comecei a buscar saber mais deles, conhecer suas músicas, e em pouco tempo já era fã.


  De certa forma o Simple Plan me mostrou que eu não estava sozinha no mundo da depressão. Que haviam pessoas de saco cheio de suas vidas infortunas, mas que estavam lá vivas, aguentando e esperando mudar sua situação um dia. Foi aí que o Simple salvou minha vida, porque eu talvez não tivesse aguentado se não tivesse extravasado minha raiva no rock (a essa altura eu já estava escutando outras bandas como o Green Day com sua amável “Boulevard Of Broken Dreams” e o Linkin Park com sua revoltadíssima “Crawling”) e tivesse me destruído com todo aquele ódio.

  Eu costumava dizer que “Welcome To My Life” era a tradução da minha vida, hoje não é mais, pois as feridas foram fechadas (mas ainda carrego as cicatrizes) e hoje eu diria que a música que me retrata é “Iridescent” do Linkin Park, que é como me sinto hoje em dia, perdida numa vida confusa, porém esperançosa, sem guardar coisas ruins dentro de mim.





  Bem, eu planejava falar de como o Simple foi ficando diferente com o tempo (foi por isso que fiz este post!), mas acabei me perdendo em minhas lembranças remoídas, então vou finalizar este post por aqui e escreverei outro contando como os canadenses foram perdendo espaço no meu coração e como os americanos que visitavam o parque Lincoln tomaram o lugar deles. Vou explicar o título do post, que tem tudo a ver não só com este, mas com a próxima postagem também e dar minhas impressões sobre o último CD deles. E isso aí, comentem!
Como roqueira sou uma piada!

8 comentários:

  1. Nossa! Quando vocÊ escreveu "Nessa época eu percebi que era diferente das outras garotas" sabe do que eu lembrei? De sábado (lembra?)hahaha.E, só pra deixar minha opinião, acho que SP é melhor que LP (MINHA opinião).

    ResponderExcluir
  2. Esqueci de dizer: nossa como sua memória é boa. Eu não lembro nem o que comi hoje de manhã!

    ResponderExcluir
  3. Apesar da intriga da oposição eu afirmo: EU ME INTERESSO POR GAROTOS (eles é que não se interessam por mim). kkkkk

    ResponderExcluir
  4. Andreia, pode me xingar a vontade. Não tem problema, não ficarei triste... Mas, você precisa ouvir SAMBA.
    Andreia, quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Ruim da cabeça ou doente do pé.
    Você verá que as letras de samba falam de tudo e o ritmo é muito mais empolgante, ao meu ver, do que todos os demais ritmos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sr. M-13: eu acredito que não preciso ouvir samba, simplesmente porque meus vizinhos já fazem o favor de colocá-lo no último volume todo fim de semana! A minha opinião sobre o samba é igual a do axé e do forró: são ritmos que agradam uma maioria, mas não me agradam, toda a alegria que esses tipos de música expõem são o que faz a população brasileira ficar mais alienada, alegre por nada, ignorando a realidade absurda que vivemos!! Mesmo sambas bons como os do Bezerra da Silva acabam por se perderem no meio de um "swing" que faz as pessoas esquecerem de analisar as letras... E eu não tô afim de empolgação, quero mais reflexão!!

      Excluir
    2. Aí é que tá, Andreia! Comece a analisar as letras do samba. Certamente o que seu vizinhos ouvem seja um pagode de quinta. Analise as letras. São muito mais reflexivas do que boa parte das bandas modinhas localizadas ao norte do México.

      Excluir
  5. Vc é muito depressiva amiga ,porque vc não colocou fogo no cabelo delas em vez de ouvir “Welcome To My Life”

    ResponderExcluir
  6. Depressão é o meu sobrenome e elas se fuderam na vida mesmo...

    ResponderExcluir